sexta-feira, dezembro 10, 2010

Eu e o cigarro


Eu gosto de fumar.
É o meu momento de meditação quando à noite sento na minha sala, sozinha, acendo meu cigarro e fico a pensar na vida.
Incrível como fico tranquila, em paz. Faz mal à saúde? Claro que faz, como tantas outras coisas também. As pessoas ficam abismadas ao descobrirem, por acaso, que fumo. Acho que elas pensam que pra ser fumante eu teria que acender vários cigarros por dia e impor minha fumaça na cara dos outros.
Como é algo que incomoda e afeta não só minha saúde como de quem possa estar por perto inalando a fumaça, prefiro fumar na minha casa e quando estou sozinha. Fumar para mim é uma espécie de ritual: depois das atividades de um dia inteiro, chega a noite e finalmente estou só, na minha agradável companhia. Muito bom poder ficar comigo, pensar nas minhas coisas, soltar fumaça pra cima, bater as cinzas do cigarro no cinzeiro... No máximo dois cigarros por noite e já me dou por satisfeita. Posso estar fazendo um tremendo mal para meu corpo, mas prefiro meu momento de sossego a ficar ansiosa e pensando um monte de besteira, quase beirando à loucura.
Talvez um dia eu pare, talvez não. Agora, prefiro continuar dando minhas tragadas e baforadas noturnas curtindo minha solitude.

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